As coisas começam a tomar alguma forma. Quem me faz não ser é exatamente quem sempre tenta de algum modo me apresentar a face do mundo. É que o homem quer mais espaço que o seu corpo permite. E, numa dança imperialista, ele tenta me mostrar que ser é ser como ele. Eu sou aprendiz, ele o mestre. Se antes eu vagava sem rumo, agora vago sem rumo e despido. Despido de mim mesmo. Despido do que eu nunca soube ser. Mas as coisas começam a tomar alguma forma.
Porque eu já sei quem me despe.
Ainda sou interrogação no branco, só que vendo pontinhos coloridos ao longe. Perto.
Porque eu já sei quem me despe.
Ainda sou interrogação no branco, só que vendo pontinhos coloridos ao longe. Perto.