domingo, setembro 17, 2006

O segundo mal irremediável

Por tantas vezes eu tentei fugir dessa dor: a dor nostálgica, a mais dolorosa de todas. É irremediável, não há ser na terra que tenha conseguido cura para esse mal. Vem pela música, pelo odor, pelos escritos. Por tantas vezes eu sofri dessa doença, e por tanto tempo eu consegui me abster. Mas aí um dia ela vem, sangra-me o peito e faz que eu me sinta impotente. Diante dela tenho que me curvar à minha impotência. Ah, se eu pudesse reviver aqueles momentos, sentir novamente aqueles cheiros, e até, quem sabe, as mesmas dores daquele tempo... eu não mudaria nada; nem uma vírgula, nem poria reticências. Eu sentiria todas aquelas sensações entrando em mim novamente, e aquele medo, aquela incerteza de futuro. Esse futuro, que é hoje o meu presente, tão diferente.

sábado, setembro 16, 2006

doRmingo.

às quatro da tarde o sol de meio-dia. abre o livro, abstrai, fecha o livro, liga o computador, desliga o computador, abre o livro, abstrai, fecha o livro, liga o computador, desliga o computador. o computador, vício maldito. o livro, fardo recente.descasca a laranja, olha pro céu e vê um céu de domingo, num sábado.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Depois de amanhã

Depois de amanhã
a maioridade.
não um começo;
um reconhecimento
de maturidade (?)
há quem diga
a melhor idade
mas eu, aqui,
pequeno,
olhando as ruas dessa cidade
e tendo visto minha íris
que carrega o peso e a dor
da adultice
já me senti grande,
maior de idade,
antes de depois de amanhã
Calamidade!

sábado, setembro 02, 2006

O Rodo Colccidiano

Rodo Colccidiano

Tô ficando atolado
Atolado de problemas
O monótono me invadiu!
E os meus choques são vitais;

Enjoei da skola!
O negócio é gamar!
Tiro o conecitvo "ou"
Pegar e(!) largar!

Vivo intensamente
Viajo pelos setemares
A suçuarana me guarda
Ai! Pode, de tão grandioso ser, esperar-se mais...
É claro que tem mais!

E agora chamam inútil o meu encéfalo
De nada sabem!
Tô ficando atolado
Atolado de problemas
Minha cabeça sustenta meus ideais
Nela, me etiqueto, desde que encurve a aba;
Aba quadrada é pra gente quadrada

Sou culto e não vêem!
Li Drummond e concordei
É doce estar na moda!
Sigo atolado de problemas
Porque meus choques são vitais
O resto, dorme sujo
Ou pinta as paredes de meu cais!
Tipinhos...

Não importa o tamanho da ilusão...

as pessoas vêm e se vão


Ficam às vezes, mas ficam aos poucos, aos restos... seguras às vezes por um fiapo, mas é isso: um fiapo. Partes de si há muito já se foram; e se irão...