domingo, agosto 19, 2007

A dúvida é?

E o que sobrou além de fragmentos de lembranças nostálgicas e boas? Boas e doloridas? O quê, eu me pergunto. Além da lágrima presa, do fingimento? Se a coisa é assim mesmo, o negócio então é fingir; para anestesiar. Só que a anestesia não transcende a dor. Vez ou outra ela aparece firme e forte, junto com o buraco. E é nesse momento que eu apareço por aqui. Quando querem rasgar meu abdômen e tirar o nada que há dentro dele. Se tudo isso soa como jingle, é porque só me nasce algo - e sempre o mesmo -, quando o efeito entorpecente passa. Embora gêmeos unidos, o que digo (sempre) chega a ser, de fato, um algo? A dúvida é? A dúvida? - ?.